Como descobrir se foi vítima do desconto indevido na fraude do INSS

Como descobrir se foi vítima do desconto indevido na fraude do INSS

O INSS ( Instituto Nacional do Seguro Social) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social com a missão de promover o reconhecimento de direito ao recebimento de benefícios administrados pela Previdência Social, assegurando agilidade, comodidade aos seus usuários e ampliação do controle social.

 

O maior escândalo do ano no INSS, repercutiu nesta quarta-feira, milhares de aposentados e pensionistas foram lesados, com descontos indevidos que nunca foram autorizados. Um golpe que mancha a integridade da instituição, que foi criada para atender as necessidades sociais e previdenciárias de seus contribuintes, garantindo os direitos aos segurados.

 

Ao identificar a regularidade, poderá excluir através:

  • Portal do MEU INSS, e bloquear os descontos futuros;
  • Ligar no 135;
  • Reclamações e denúncias sobre descontos não autorizados de associações ou entidades podem ser registradas diretamente no Portal Consumidor.Gov e na Ouvidoria do INSS, através da Plataforma Fala BR.

 

Devolução dos descontos indevidos

  • Poderá solicitar o estorno diretamente à associação ou por meio de contato com o INSS para intermediar a situação.
  • Enviar e-mail para acordo.mensalidade@inss.gov.br, informando o ocorrido.
  • Portal Consumidor.gov.br (https://www.consumidor.gov.br/) e na Ouvidoria do INSS, por meio da Plataforma Fala BR.
  • Através do processo judicial, procure um profissional qualificado na área da previdência.

 

A operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria Geral da União (CGU) desmantelou um esquema bilionário.

 

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) realizaram uma operação nesta  quarta-feira (23/04).  Fraude bilionário nos descontos irregulares dos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.

 

O presidente do INSS,  Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo, ele é filiado ao PSB, servidor de carreira do INSS desde o ano 2000 e foi alvo de mandados de busca e apreensão. Ele foi indicado ao cargo pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

 

Além do presidente do INSS, segundo a PF, mais seis servidores públicos foram afastados dos seus cargos. A operação ocorreu em diversos estados, que resultou em mandados de busca , apreensão e prisões preventivas.

 

Os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e chegaram a R$ 6,3 bilhões, a fraude originou em entidades associativas que realizavam os descontos indevidos  em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.

 

Como funcionava o esquema

As entidades associativas ofereciam aos associados desconto em academias, planos de saúde e assistência jurídica, uma estrutura que não existia. Realizavam os descontos nos benefícios de aposentados e pensionistas, sem o consentimento e falsificação de assinaturas.

Segundo a Polícia Federal,  11 entidades associativas são investigadas na fraude. Que são:

Ambec

Sindnapi/FS (Sindicato Nacional dos Aposentados)

AAPB

Aapen (anteriormente denominada ABSP)

Contag

AAPPS Universo

Unaspub

Conafer

Adpap Prev (anteriormente denominada Acolher)

ABCB/Amar Brasil

Caap

 

A Controladoria Geral da União (CGU) ,  determinou a suspensão imediata das entidades envolvidas , além da devolução dos valores descontados indevidamente.

A situação é repugnante, pessoas humildes que confiaram no sistema para ter a seguridade na aposentadoria, são lesados pelo próprio funcionários da instituição. Forjando e utilizando dados dos seus segurados para entidades inescrupulosas.

Os dados que são protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados ( LGPD), ou Lei nº 13.709/2018, é a lei brasileira aprovada em 2018 que controla a privacidade e o uso/tratamento de dados pessoais. Infelizmente foram utilizados para cometer o maior golpe do INSS.

Recomendo sempre analisar o extrato de pagamento , se há descontos indevidos e empréstimos consignados, comunique o INSS e solicite o ressarcimento dos valores.

Autora do Artigo:

Janaína Martins Dias é Bacharel em Ciências Jurídicas (UNIP), pós-graduada em Direito Previdenciário (EPD) e com MBA em Arbitragem, Mediação e Conciliação (FGV). Consultora, palestrante em previdência social e fundadora do Projeto Legalidade.

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