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Policiais presos em São Paulo tentaram extorquir influenciador Gordão da XJ

Esquema de corrupção mirava MCs e influenciadores que promoviam rifas ilegais

Cinco policiais civis de São Paulo foram presos na última sexta-feira (25/4) após serem acusados de tentar extorquir MCs e influenciadores digitais. Entre os alvos estava Sidney Leonel, o famoso Gordão da XJ, que possui mais de 3 milhões de seguidores nas redes sociais.

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), os agentes presos atuavam no 6º Distrito Policial de Santo André e usavam falsas investigações sobre rifas ilegais para exigir propinas dos envolvidos.

Como o esquema funcionava

A investigação revelou trocas de mensagens entre os policiais. Em agosto de 2023, o investigador Rodrigo Barros de Camargo, apelidado de “Rato”, perguntou a um colega se eles já haviam “qualificado a baleia”, referência depreciativa ao influenciador Gordão da XJ.

Os policiais instauravam procedimentos de Verificação de Procedência de Informações (VPI) para apurar a prática de rifas ilegais, mas o verdadeiro objetivo era chantagear influenciadores e seus advogados. As acusações envolvem crimes como exploração de jogos de azar, estelionato e lavagem de dinheiro.

Operação Latus Actio e prisões

A prisão dos policiais é resultado da continuidade das operações Latus Actio e Latus Actio II, conduzidas pela Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado (Ficco/SP). Cinco mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva foram cumpridos.

Entre os presos estão os investigadores Rodrigo Barros de Camargo, Múcio de Assis Ladeira, Adriano Fernandes Bezerra, a investigadora Magally Ivone Rodrigues e o delegado Fábio Marcelo Fava.

A denúncia também cita outros influenciadores, como MC Paiva, MC Brisola, MC GHdo7 e Biel Grau. O MPSP revelou que, em um dos casos, os policiais chegaram a cobrar R$ 200 mil para arquivar uma investigação, mas fecharam acordo para receber R$ 20 mil de propina.

Conclusão

A operação demonstra como a corrupção pode atingir até mesmo as instituições responsáveis pela segurança pública. O caso continua em investigação, com novos desdobramentos sendo aguardados.

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