Reconhecimento ao SECOR reforça luta contra escala 6×1 e por jornada mais justa em Osasco
Uma homenagem com propósito coletivo. A Câmara Municipal de Osasco realizou, na última sexta-feira (24), uma Sessão Solene em tributo ao Sindicato dos Empregados no Comércio de Osasco e Região (SECOR), destacando sua atuação em defesa dos trabalhadores e sua adesão à luta pelo fim da escala 6×1 — modelo que impõe 44 horas semanais com apenas um dia de descanso.
A entidade recebeu uma Placa Comemorativa como reconhecimento por seu compromisso com a valorização do trabalho digno e a construção de uma sociedade mais justa. A proposta partiu do vereador Heber do JuntOz (PT), e reuniu lideranças sindicais, representantes da OAB, movimentos sociais, estudantes, deputados estaduais e ex-vereadores da cidade.
Heber destacou que o SECOR é uma das principais vozes da região na defesa da dignidade e dos direitos da categoria. “A parte do trabalho mais impactada pela jornada é mais do que merecedora do reconhecimento desta casa legislativa”, afirmou.
Luciano Leite, presidente do SECOR, dedicou a homenagem aos trabalhadores e reforçou que o sindicato existe para garantir qualidade de vida. “A função do sindicato é o óbvio: melhorar a vida das pessoas”, disse. Ele defendeu que a redução da jornada pode impulsionar a economia, gerar empregos e ampliar a arrecadação, permitindo mais serviços públicos de qualidade.
O deputado estadual Emidio de Souza (PT) ressaltou a trajetória do sindicato, que cresceu até se tornar a maior categoria da região. João Paulo Cunha, ex-deputado federal e ex-vereador, relembrou sua juventude como comerciário e parabenizou a atual gestão. “A homenagem é super justa e na figura renovada do Luciano como presidente a gente saúda o sindicato.”
Gabriela Bueno e Matheus Oliveira, integrantes do mandato coletivo JuntOz, também destacaram o papel do SECOR na luta por melhores condições de trabalho. Matheus lembrou que a escala 6×1 afeta diretamente jovens periféricos que não conseguem estudar ou planejar o futuro. “Esse ato é um dos muitos que ainda virão e que já vieram”, afirmou.
A solenidade deu voz a quem vive a rotina exaustiva. Lúbia Conceição, comerciária há 30 anos, relatou os impactos da escala na saúde e na vida familiar. “Você precisa estar lá, linda e maravilhosa para os outros, mas adoecendo.”
Representantes do movimento VAT – Vida Além do Trabalho – também participaram. O grupo iniciou mobilizações nacionais contra a escala 6×1 e agora atua em municípios como Osasco. Mateus Rigonatti, coordenador estadual, reforçou a importância de mostrar que “existe vida além do trabalho”. Bruna Araújo, coordenadora do VAT em Minas Gerais, falou sobre os jovens que não conseguem estudar ou frequentar espaços religiosos devido à jornada exaustiva.
O evento não apenas celebrou uma trajetória sindical, mas reacendeu o debate sobre o modelo de trabalho vigente e a urgência de mudanças estruturais que respeitem o tempo, a saúde e os sonhos dos trabalhadores.

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