Três pessoas foram presas nesta terça-feira (28) após roubarem 41 caixas de canetas emagrecedoras de uma farmácia na zona oeste de São Paulo. O valor estimado da carga ultrapassa R$ 77 mil. Entre os detidos estão dois homens, de 19 e 21 anos, e um adolescente de 17, apreendido pela Polícia Militar.
O crime ocorreu na Avenida Pompeia, região de Perdizes. Durante patrulhamento na Avenida Professor Alfonso Bovero, policiais militares desconfiaram de um veículo em atitude suspeita. Ao perceber a aproximação da viatura, o motorista acelerou e iniciou uma fuga que terminou em Osasco, após o carro colidir com um poste.
Dentro do veículo — que era produto de furto e estava com placa clonada — os agentes encontraram os medicamentos roubados, R$ 2,3 mil em dinheiro, um simulacro de arma de fogo e uma placa veicular avulsa. Uma funcionária da farmácia reconheceu os suspeitos como autores do crime. Os produtos foram devolvidos ao estabelecimento, e os envolvidos encaminhados ao 5º Distrito Policial de Osasco.
O caso revela uma nova faceta do crime urbano: o roubo de medicamentos de alto valor, impulsionado pela crescente demanda por substâncias voltadas ao emagrecimento rápido. Produtos como Ozempic, Wegovy e Monjauro — originalmente indicados para diabetes tipo 2 — têm sido utilizados fora da bula, alimentando um mercado paralelo que mistura estética, saúde e ilegalidade.
Mais do que uma ocorrência policial, o episódio levanta questões sobre o uso indiscriminado de medicamentos, a fragilidade da cadeia de distribuição farmacêutica e o impacto da medicalização estética na saúde pública. A busca por soluções rápidas para emagrecimento está transformando produtos controlados em alvos de quadrilhas — e isso exige atenção das autoridades sanitárias, além de ação policial.
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