Diástase abdominal: quando o corpo pede reparo — e o SUS responde

Diástase abdominal: quando o corpo pede reparo — e o SUS responde

A diástase abdominal, embora muitas vezes confundida com uma simples flacidez pós-parto, é uma condição que pode comprometer a saúde funcional de milhares de brasileiros. Trata-se da separação dos músculos retos do abdômen, geralmente provocada por gestação, esforço físico inadequado ou ganho de peso. O resultado é um abaulamento na região central do abdômen, que pode vir acompanhado de dores lombares, fraqueza muscular e alterações posturais.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para casos em que a diástase representa risco à saúde ou prejuízo funcional. O caminho começa na Unidade Básica de Saúde (UBS), onde o paciente é avaliado por profissionais que podem encaminhar para fisioterapia ou cirurgia reparadora, conforme a gravidade do quadro.

A cirurgia — conhecida como abdominoplastia reparadora — é indicada quando há hérnias associadas, dor crônica ou comprometimento da mobilidade. O procedimento é realizado em hospitais públicos mediante avaliação médica e entrada na fila de espera, respeitando os critérios clínicos e a estrutura disponível em cada município.

Além da intervenção cirúrgica, o SUS também oferece sessões de fisioterapia voltadas ao fortalecimento do core e à reabilitação funcional. Em muitos casos, esse acompanhamento é suficiente para reduzir os sintomas e evitar procedimentos invasivos. O foco é restaurar a funcionalidade do corpo, não atender demandas estéticas.

É importante reforçar que o tratamento pelo SUS exige indicação médica e está vinculado ao impacto da diástase na qualidade de vida do paciente. Por isso, buscar orientação profissional é essencial — tanto para evitar agravamentos quanto para garantir acesso ao cuidado público.

A diástase não é vaidade. É uma condição que afeta o corpo, a autoestima e a saúde. E o SUS, apesar dos desafios, continua sendo um instrumento de reparo e dignidade. Quando o corpo pede ajuda, a resposta precisa ser pública, acessível e humana.

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