Com reservatórios em níveis críticos devido à estiagem, a Sabesp inicia redução da pressão da água durante a madrugada na Grande São Paulo. A ação busca preservar o abastecimento sem grandes prejuízos à população.
Falta de chuvas preocupa autoridades em São Paulo
O mês de agosto de 2025 confirmou a fama de ser o período mais seco do ano. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo, até o dia 25, choveu apenas 8% do esperado para o mês.
Essa escassez impactou diretamente os reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, que chegaram a 38,4% da capacidade útil. Embora o cenário seja melhor que o enfrentado em 2014 e 2015, quando os volumes chegaram a níveis críticos e a população precisou conviver com racionamentos prolongados, a situação acende um alerta para os próximos meses.
Redução da pressão da água entra em vigor
Para evitar maiores prejuízos, a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) determinou que a Sabesp reduza a pressão da rede de abastecimento em toda a Grande São Paulo durante a madrugada.
A medida, que entra em vigor a partir desta quarta-feira (27), deve economizar cerca de 4 mil litros de água por segundo em um período de oito horas, segundo a própria companhia. Essa economia acontece em um horário de menor consumo, o que reduz o impacto imediato para os consumidores.
Quem será mais afetado?
De acordo com a Sabesp, moradores que possuem caixa d’água não devem perceber a mudança. Já aqueles que vivem em regiões mais altas ou imóveis sem reservatório podem sentir a redução da pressão durante a madrugada.
A empresa reforça que cada cliente que registrar falta de água terá sua situação avaliada individualmente, incluindo informações como o número de moradores e a existência ou não de reservatório no imóvel.
Medidas de contingência e conscientização
O governo do estado também solicitou à Sabesp a criação de um plano de contingência para garantir o abastecimento e o lançamento de campanhas de conscientização sobre o uso racional da água.
“É fundamental que cada pessoa faça a sua parte, evitando desperdícios no dia a dia”, destacou a companhia.
Infraestrutura hídrica mais robusta
Apesar da queda no nível dos reservatórios, a Sabesp garante que o cenário atual é mais seguro do que em 2014. Desde então, importantes obras foram concluídas, como a interligação do Rio Paraíba do Sul ao Sistema Cantareira e a implantação do Sistema São Lourenço em 2018. Essas melhorias aumentaram a capacidade de abastecimento e reduziram a vulnerabilidade da rede em períodos de seca.
Conclusão
A redução da pressão da água na Grande São Paulo surge como uma medida preventiva para enfrentar a estiagem. A Sabesp reforça que não haverá racionamento, mas alerta que a colaboração da população, com atitudes de economia e consciência no uso da água, é essencial para garantir o abastecimento regular nos próximos meses.
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