Vishwash Kumar Ramesh narra os segundos de pânico a bordo do Boeing 787 da Air India, que caiu em Ahmedabad, matando cerca de 240 pessoas, incluindo crianças e estudantes. Investigações apontam falhas e colisão com edifício.
O homem que desafiou a morte
Vishwash Kumar Ramesh nunca imaginou que aquele voo decolando do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel, em Ahmedabad, Índia, rumo a Londres, terminaria em tragédia. O passageiro britânico, sentado no assento 11A, é hoje o único sobrevivente confirmado do acidente aéreo que matou cerca de 240 pessoas no dia 12 de junho de 2025.
“Trinta segundos depois da decolagem, ouvimos um estrondo e tudo tremeu. Foi tudo muito rápido”, relatou Vishwash, ainda internado. Ele foi encontrado com vida nos escombros da aeronave, entre destroços e corpos carbonizados, e levado para o hospital com ferimentos moderados.
O voo que durou menos de um minuto
A aeronave, um Boeing 787-8 Dreamliner da Air India, decolou normalmente, mas caiu logo após emitir um sinal de emergência. O avião colidiu contra o prédio do albergue universitário da BJ Medical College, atingindo a área do refeitório onde dezenas de estudantes estavam reunidos para o almoço.
Número de vítimas e nacionalidades
A bordo estavam 230 passageiros e 10 tripulantes:
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217 adultos, 11 crianças e 2 bebês
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Nacionalidades: 169 indianos, 53 britânicos, 7 portugueses e 1 canadense
Além das vítimas a bordo, estudantes no solo também morreram com o impacto e o incêndio. A identificação das vítimas está sendo feita com base em exames de DNA, já que muitos corpos foram encontrados completamente carbonizados.
Um histórico de problemas
Relatórios iniciais indicam que o avião já havia sido interditado anteriormente por risco de incêndio. A aeronave foi entregue à Air India em janeiro de 2014 e não tinha histórico de acidentes fatais, sendo esta a primeira tragédia envolvendo um Boeing 787 desde sua entrada em operação, em 2011.
A Air India confirmou que está colaborando com as investigações, enquanto Boeing e GE Aerospace enviaram técnicos à Índia. Participam também as autoridades de aviação da Índia (DGCA), Reino Unido (AAIB) e EUA (NTSB).
Um sobrevivente, muitas perguntas
Enquanto o mundo se solidariza com as famílias das vítimas, o depoimento de Vishwash Kumar Ramesh poderá ser decisivo para entender o que realmente aconteceu naqueles breves e fatais segundos de voo.

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