O ciúme doentio, o plano meticuloso e a frieza da autora revelam um crime chocante que levou a morte de uma adolescente em Itapecerica da Serra — e exigiu ação rápida da polícia.
O caso da morte de Ana Luiza de Oliveira Neves, uma adolescente de 17 anos, revelou uma motivação cruel por trás do crime: ciúmes. A jovem foi envenenada por uma antiga amiga que, segundo a investigação, planejou tudo com antecedência e frieza surpreendentes. A Polícia Civil de São Paulo rapidamente ligou os pontos e descobriu a autoria do homicídio por meio de tecnologia, depoimentos e inteligência investigativa.
A tragédia ocorreu em Itapecerica da Serra (SP), quando Ana Luiza consumiu um bolo de pote enviado à sua casa por delivery. Pouco depois, passou mal e foi socorrida às pressas. No dia seguinte, não resistiu. Diante da morte repentina e suspeita, os investigadores iniciaram uma apuração minuciosa. O ponto de partida foi a análise das câmeras de segurança próximas à residência da vítima, que revelaram a placa da motocicleta responsável pela entrega do doce.
A polícia localizou o motoboy, que afirmou desconhecer o conteúdo da encomenda. Com os registros da entrega em mãos, os investigadores chegaram à remetente: uma adolescente de 17 anos, amiga da vítima e frequentadora da casa da família. Ela confessou o envenenamento, alegando estar movida por ciúmes e mágoas de relacionamentos passados.
Segundo a autora, tudo começou no dia 14 de maio, quando ela decidiu se vingar de duas outras garotas por acreditarem que tinham “roubado” seus namorados. A primeira vítima sobreviveu após passar mal com o mesmo tipo de bolo. Ana Luiza, no entanto, não teve a mesma sorte.
O pai da vítima relatou à imprensa como foi o comportamento da jovem após o crime. “Ela me abraçou e disse: ‘Tio, vai ficar tudo bem’, mesmo já sabendo que minha filha estava morta. Frieza pura”, contou Silvio Ferreira das Neves. Para ele, o gesto da suspeita foi cruel, calculado e vazio de empatia.
Ana Luiza ainda chegou a trocar mensagens com um amigo antes de morrer. Ele questionou a procedência do doce, e ela respondeu que não sabia de onde vinha. Esse pequeno detalhe reforçou a hipótese de que o crime foi premeditado, executado sem levantar suspeitas.
A adolescente foi apreendida e encaminhada à Fundação Casa. Em depoimento, alegou estar passando por problemas psicológicos e disse se arrepender, apesar de inicialmente ter afirmado que queria apenas causar mal-estar nas vítimas, não a morte.
A motivação cruel do envenenamento de Ana Luiza — impulsionada por ciúmes, alimentada por rejeições amorosas e concretizada com frieza — reforça o alerta sobre os perigos da saúde mental negligenciada entre jovens e a banalização do ódio em relações pessoais.

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