Juliana Marins, de 26 anos, estava desaparecida no Monte Rinjani desde uma queda acidental durante uma trilha. Após quatro dias de buscas, a família confirmou a morte da jovem. Equipes enfrentam desafios extremos para acessar o local.
A jovem brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que estava desaparecida desde o dia 20 de junho durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, não resistiu após cair em uma área de difícil acesso. A informação foi confirmada pela família por meio das redes sociais, após quatro dias de intensas tentativas de resgate.
Juliana estava a aproximadamente 650 metros de profundidade em um trecho íngreme e acidentado da trilha. Equipes de resgate da Indonésia enfrentaram obstáculos naturais severos, como neblina intensa, terreno instável e ausência de visibilidade que impossibilitaram o uso de helicópteros. O último relato informava que a jovem foi localizada imóvel, a cerca de 400 metros do ponto da queda, à beira de um desfiladeiro de acesso extremamente limitado.
Horas antes do comunicado oficial da família, o Ministério do Turismo da Indonésia havia afirmado que Juliana estava em “estado terminal”, segundo avaliações realizadas pelas equipes de socorro.
Pai enfrenta dificuldades para chegar ao local
O pai de Juliana, Manoel Marins, partiu de Lisboa com destino a Bali, mas enfrentou atrasos por conta do fechamento de aeroportos no Oriente Médio, o que dificultou sua chegada ao país asiático. Mesmo diante da tragédia, a família fez questão de agradecer o apoio recebido nas redes sociais, onde o perfil criado para divulgar atualizações sobre o resgate ultrapassou 1,5 milhão de seguidores em apenas quatro dias.
“Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, disse a família em nota.
Até o momento, o governo brasileiro e o governo indonésio não se manifestaram oficialmente sobre o caso. A imprensa local ainda aguarda confirmação sobre o apoio para a repatriação do corpo da brasileira.
Resgate segue com estrutura improvisada
As equipes de busca montaram um “acampamento móvel” em um ponto intermediário da trilha, entre o topo e o local onde Juliana foi vista pela última vez. A estratégia visa otimizar o tempo e minimizar deslocamentos longos para os socorristas, que aguardam melhores condições climáticas e de luz para retomar as tentativas de recuperação do corpo.
O trecho da trilha onde ocorreu o acidente foi fechado pelas autoridades locais, embora, nos primeiros três dias, turistas ainda circulassem pelo mesmo local, o que gerou críticas à administração do parque. Segundo a agência de resgate indonésia, a Barsanas, o aviso oficial sobre a queda levou cerca de oito horas para ser comunicado às autoridades devido às dificuldades de acesso.
Desde então, tentativas com cordas e macas foram feitas, mas a instabilidade do terreno e o risco à vida dos socorristas dificultaram ainda mais os esforços.
A tragédia reacende discussões sobre os protocolos de segurança e comunicação em trilhas de alto risco em regiões turísticas remotas. A família de Juliana segue aguardando mais informações sobre os próximos passos para a repatriação.

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